segunda-feira, 25 de maio de 2009

O grito de um Loriguense

Abro agora aqui um parêntese para dar a conhecer a todos a minha indignação por alguns casos que se estão a passar em Loriga. Bem sei que este blog foi criado com outro fim, mas como amo muito a minha terra não posso ficar calado, é mau demais para estar sem reacção!!!

Vou começar em primeiro pela situação do médico de família. Loriga possui dois médicos de família há já muitos e longos anos, toda a gente sabe disso, mas esta situação alterou-se nos últimos tempos. Neste momento quem tiver como seu médico o Dr. Nulasco está muito bem, quem tiver como seu médico o Dr. Pina Marques está muito mal!! Esta situação vai-se arrastando já por dois ou três anos e até ao momento não se perspectivam boas noticias. Ao que apurei o executivo da Junta de Freguesia já por diversas vezes comunicou a situação à Delegação de Saúde da Guarda, estando até previsto uma médica vir para Loriga, mas ao que parece o Dr. Pina Marques, que até é descendente de Loriguenses, não abdica do lugar e cá vamos nós andando a caminho do Centro de Saúde de Seia, passar quase um dia inteiro para arranjar uma consulta de recurso. Agora pergunto ao Dr. Pina Marques: que mal lhe fizerem os Loriguenses e as povoações vizinhas? Será que Loriga lhe deve alguma coisa? Mas os Loriguenses também não saem muito bem neste caso! O que é que se está a passar para que toda esta gente continue calada e ao que parece, resignada? Vale mais fazer um abaixo assinado pelo regresso de um funcionário da Caixa de Crédito, que ao que parece até nem era muito competente?

Agora a situação das antenas de telemóvel da Selada. Como todos sabemos, felizmente Loriga possui cobertura da rede de telemóvel há já vários anos e é actualmente a maior fonte de rendimentos para a Junta de Freguesia com cerca de nove mil euros por ano. Ora bem, como todos sabemos o local onde se situam as ditas antenas foi e é um sitio onde NADA pode ser edificado. Estudos realizados por técnicos chegaram à conclusão que aquele sitio reunia as melhores condições para que o sinal fosse captado para Loriga e então decidiram instalar naquele local, que até é baldio, a antena retransmissora. Ora mais um caso típico de Loriguenses, depois de feitos os trabalhos, eis que aparece um senhor a dizer que aquele local lhe pertence!! Ora como atrás referi, o local ao que parece é baldio e então o caso foi para tribunal, (coisas que algumas pessoas da nossa terra adoram!). Isto foi se arrastando até que agora o tribunal decidiu que aquele local pertence ao Sr. Horácio Ortigueira. Mas há mais, agora a TMN vem dizer também que a Junta de Loriga tem de restituir todo o valor que pagou até aqui!! É bom não esquecer que o local é meia dúzia de metros quadrados!!! O que eu pergunto é o seguinte: Foi preciso chegar tão longe? Onde está o bairrismo deste senhor? O que é que pretende com isto?Eu não me esqueço que é actualmente deputado na Assembleia de Freguesia, e portanto, candidato derrotado pelo PSD nas últimas eleições autárquicas, foi Presidente da Junta de Freguesia de Loriga no inicio dos anos 80 e também esteve ligado a todas as direcções das principais colectividades da nossa terra, e portanto, sabe melhor do que todos nós as dificuldades financeiras por que passa a nossa Junta!!! Agora mais uma questão: Será que anda, ou andou, sempre por interesses à frente destes organismos? É o que transparece!

Por último uma palavra sobre o MOF. Na minha opinião é sempre bom ver pessoas a organizarem-se para pensar Loriga. Mas ao que parece este movimento, que foi criado um ano depois das últimas eleições autárquicas, nasceu como um eucalipto e como tal nada cresce à sua volta, é a opinião que tenho à cerca deste grupo. Digo isto porque sei, mais ou menos, como tudo começou e é isso que vou contar agora. Na altura do começo deste movimento, já outras pessoas tinham decidido fazer algo para mudar o rumo de Loriga e então, juntamente com a Junta de Freguesia, decidiram convidar as Associações e o Pároco para uma conversa de apresentação e discussão de ideias. Houve mais duas ou três reuniões, onde também estiveram presentes os Presidentes da Junta de várias Freguesias vizinhas. Numa destas reuniões apareceu um grupo de pessoas denominadas de MOF, até aí não se conhecia tal movimento, e ao que vinham, pelo que percebi, era mesmo para acabar com estes encontros dizendo coisas sem pés nem cabeça, insinuando e mesmo irritando pessoas que estavam ali de boa fé por amor a esta terra. De facto conseguiram o seu objectivo, pois a partir daí nunca mais houve reunião alguma. Agora eu pergunto ao MOF: Qual é a ideia ou modelo de desenvolvimento que têm para Loriga? Que opinião têm sobre os problemas de Loriga? E sobre as questões que atrás referi têm alguma opinião? Já fizeram algo que marcasse Loriga pela positiva? Uma das duas ideias que têm é a de que querem tomar a Fundação Cardoso de Moura a qual quer preço e para esse objectivo deitam para a fogueira uma das causas que podem dar muito a Loriga, que é uma unidade de cuidados continuados. Quanto ao resto, nas Assembleias continuamos a ouvir destes senhores sempre a mesma coisa: partes da bíblia e nomes para ruas!! É este o futuro que querem para Loriga? Não nos tapem o sol com a peneira!!!

Espero que estas minhas palavras contribuam para que os Loriguenses não continuem a resignar-se à espera que venha um D. Sebastião para resolver todos os problemas de Loriga, devemos todos participar mais activamente nas Assembleias de Freguesia e não na praça e nos cafés!! Só assim Loriga irá ter futuro!

3 comentários:

  1. Excelente texto cujo conteudo materializa o que deve ser feito.
    Os problemas têm nome e com nome devem ser tratados.
    Os loriguenses,em particular os residentes,têm que alterar o quadro mental da divergencia anulando aqueles que afinal pretendem tomar benesses pessoais nas iniciativas que propalam ou iniciam.
    O movimento ssociativo continua ainda a ser a esperança de que iniciativas com consistência surjam e se desenvolvam em Loriga.Continuar á espera do D. Sabastião é adiar por mais uma geração algumas concretizações do muito que pode ser feito em Loriga
    Acredito que Loriga com loriguenses solidários,livres, desinteressados e de boa vontade, conseguirá criar esperança e promover futuro na sua terra...

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  2. Completamente de acordotanto com o texto inicial como do comentário. De facto Loriga continua a espea que a resolução dos seus problemas seja trazido pela cegonha, enfim, é facil criar bodes expiatórios para os problemas de Loriga, pois isso sem duvida descarta a necessidade de lutar, de empreender, de assumir cada um a sua cota parte para a resolução do problema. Depois face ao marasmo, face a falta de ideias, face a demissão de alguns frente aos problemas, aparecem sempre os psudo-politicos, antiquados, interesseiros, que sempre se serviram de Loriga e da ignorancia de muitos loriguenses para encheram os seus bolsos. Foi assim no passado, está a ser assim agora. Reflitam e vejam!!!

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  3. Vim aqui parar por mero acaso. E, se calhar, já nem vale muito comentar, pois parece estarmos perante uma iniciativa que parou no tempo.
    Mas comento o caso das antenas, porque dele tenho algum conhecimento. E factos são factos.
    Ora a JFL entendeu autorizar a instalação das antenas em terreno que não é sua propriedade e, além disso, fazendo um negócio com os proprietários das antenas.
    O proprietário do terreno não foi havido nem achado no assunto. E reclamou, sendo obrigado a recorrer a tribunal para lhe ser reconhecido um direito.
    Os factos, e a sua gravidade, não podem ser desvalorizados com os argumentos de que o terreno não serve para nada, que a superfície ocupada é exígua, ou que se trata de um baldio, quando o não é, como o tribunal veio a decidir, com fundamento nas provas apresentadas sobre a propriedade de tal terreno.
    Inocentar aqui quem prevaricou – a JFL – é muito estranho, porque a JFL é que deveria ser objecto de crítica pelo que fez, considerando seu o que o não é.
    Mas, mais grave ainda, é partir-se para outras deduções, nomeadamente a de que o proprietário do terreno, porque reclamou o que é seu, terá antes desempenhado por interesse (qual interesse?) os lugares que desempenhou em diversas colectividades de Loriga. Isto já é mesmo baixeza vil, apenas ao alcance de quem, para o efeito, se esconde no anonimato.
    Aqui chegado, é caso para dizer que ainda bem que este blog não prosseguiu. Porque já pouco ou nada adiantaria à habitual maledicência que caracteriza os loriguenses. O que é pena.
    Armando Moura Pinto, loriguense

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